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MEDICAÇÕES NA GESTAÇÃO

 

Durante a gravidez, a mãe e o feto formam uma unidade funcional inseparável. O bem-estar materno é pré-requisito absoluto para o ótimo funcionamento e desenvolvimento de ambos. Conseqüentemente, é importante, ao tratar a mãe, considerar a máxima proteção ao feto. Atualmente, o conceito de barreira placentária deve ser descartado. Qualquer fármaco administrado em dose adequada à gestante é capaz de atravessar a placenta em alguma extensão, a menos que seja biotransformado durante a passagem ou seu peso molecular e baixa solubilidade em lipídios limitem a transferência transplacentária. Quando se prescreve medicamento a uma gestante, deve-se sempre ter em mente que o feto é potencial recebedor do mesmo.

 

Fármacos podem ter efeitos perigosos sobre o feto em qualquer momento durante a gravidez. É importante lembrar disso quando se cogitar a prescrição de um medicamento para uma mulher em idade fértil ou para homens com pretensão de se tornarem pais. Contudo, o medo desmedido do uso de medicamentos durante a gravidez também pode ser perigoso, porque pode induzir a não-tratamento de doenças, perda da adesão materna à prescrição, uso de doses insuficientes de medicamento e resultados falhos. Isso constitui risco ao bem-estar materno e também pode afetar o feto.

 

É importante conhecer antecedentes de risco e prevalência de desfechos adversos induzidos por medicamentos na gravidez. Malformações congênitas relevantes ocorrem em 2% a 4% de todos os nascidos vivos, e até 15% de todas as gestações diagnosticadas resultam em perda fetal. A causa desses desfechos adversos na gravidez é compreendida apenas em uma minoria dos incidentes. Durante o primeiro trimestre, os medicamentos podem produzir malformações congênitas (teratogênese), sendo maior o risco da terceira até a décima primeira semana de gravidez.  Durante o segundo e o terceiro trimestres, os fármacos podem afetar o crescimento e o desenvolvimento funcional do feto ou ter efeitos tóxicos sobre os tecidos fetais. Fármacos administrados proximamente ou durante o parto podem apresentar efeitos adversos sobre o trabalho de parto e o neonato. Poucos fármacos são conclusivamente definidos como teratogênicos em humanos, mas nenhum fármaco é totalmente seguro e livre de suspeita de problemas no início da gravidez.

 

Há evidência de que desenvolvimento intelectual, social e funcional também possa ser adversamente afetado pela administração de medicamentos durante a gravidez. Por isso, é crucial que também seja dada atenção a eventos que estão além dos limites estreitos das malformações anatômicas congênitas.

 

 

 

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