COMO TORNAR A AMAMENTAÇÃO MAIS TRANQUILA E PRAZEROSA
Nos primeiros meses, o bebê ainda não tem um horário para mamar. Dê o peito ao seu filho sempre que ele quiser. Com o tempo, ele vai fazendo seu horário de mamadas.
Com alguns cuidados, a amamentação não machuca o peito e fica mais fácil para o bebê retirar o leite.
• A melhor posição para amamentar é aquela em que você e o seu bebê se sentirem mais confortáveis. Não se apresse, deixe o bebê sentir o prazer e o conforto do contato com seu corpo.
• O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres.
• A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo. Só coloque o bebê para sugar quando ele abrir bem a boca.
• Quando o bebê pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na parte de baixo.
Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado. Deixe- o mamar até que fique satisfeito. Espere que ele esvazie bem a mama e então ofereça a outra, se ele quiser.
• O leite do fim da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso.
• Na primeira mama, o bebê suga com mais força porque está com mais fome e assim esvazia melhor essa mama. Por isso, sempre comece com aquela que terminou a última mamada, para que o bebê tenha a oportunidade de esvaziar bem as duas mamas, o que é importante para a mãe ter bastante leite.
• Quando o bebê, após mamar, não solta o bico do peito, você pode ajudar, colocando o dedo mínimo no canto da boca, entre as gengivas, para que ele solte o mamilo sem machucá-lo.
• Depois da mamada, coloque o bebê em pé, encostado no seu ombro para que ele possa arrotar.
• Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
• Não há necessidade de usar mamadeiras e chupetas, que podem mudar a forma como a criança mama. Muitos bebês passam a não querer mais mamar no peito, além disso, podem causar doenças, problemas na dentição e na fala.
Cuide-se bem! É importante para você e para o seu bebê.
Evite bebidas alcoólicas e cigarro. Os remédios que a mãe toma podem passar para a criança, por isso só se deve tomar medicamentos com orientação médica. Se precisar usar método para evitar gravidez, procure o serviço de saúde.
DIFICULDADES NA AMAMENTAÇÃO:
Rachaduras no bico do seio:
• As rachaduras aparecem quando a criança não está pegando bem no peito da mãe.
• Se a pega do bebê não estiver correta, procure corrigi-la.
• Se o peito estiver muito cheio, tornando a mamada difícil, retire um pouco do leite antes, para ajudar o bebê a mamar.
• Se não houver melhora, procure ajuda num serviço de saúde.
Seios empedrados:
• Quando isso acontece, é preciso esvaziar bem os seios.
• Não deixe de amamentar, ao contrário, amamente com frequência, sem horários fixos, inclusive à noite.
• Retire um pouco de leite antes de dar de mamar, para amolecer a mama e facilitar para o bebê pegar o peito.
• Se houver piora, procure ajuda num serviço de saúde.
Pouco leite:
• Para manter sempre uma boa quantidade de leite, amamente com frequência, deixando o bebê esvaziar bem o peito na mamada. Quanto mais o bebê suga, mais leite a mãe produz.
• Não precisa oferecer outro alimento (água, chá, suco ou leite).
• Se o bebê dorme bem e está ganhando peso, o leite não está sendo pouco.
Leite fraco:
• Não existe leite fraco! Todo leite materno é forte e bom. A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco.
• Nem todo choro do bebê é de fome. A criança chora quando quer aconchego, quando tem cólicas ou sente algum desconforto.
• Sabendo disso, não deixe que ideias falsas atrapalhem a amamentação.
Procure conversar com outras mulheres (amigas, vizinhas, parentes, etc.) que amamentaram bem e durante bastante tempo seus bebês. A experiência delas pode ajudá-la. Em caso de dificuldades, procure orientação no serviço de saúde.
FONTE: Caderneta da Saúde da Criança. Ministério da Saúde. 5a edição – 2008
