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Depressão pós parto - DPP

 

 

O período puerperal é uma fase de grande importância e que exige cuidados especiais à mulher. É marcado pela experiência de gerar, parir, cuidar e por varias alterações físicas e emocionais. Esta é uma fase que exige grande capacidade de adaptação da mulher, e requer atenção e acompanhamento contínuo da família e dos profissionais da saúde.

O puerpério é definido como o período que vai da dequitação à volta do organismo materno às condições pré- gravídicas. Este processo tem duração de aproximadamente de 6 a 8 semanas. Esse período está dividido em três fases

 

 a- Imediato (1° ao 10° dia após o parto)

 b- Tardio (11° ao 45° dia)

 c- Remoto ( a partir do 46° dia)(1).

 

Essas fases são marcadas por um período rico e intenso de vivências emocionais para a puérpera. As transformações do corpo, as mudanças hormonais, a adaptação ao bebê, a amamentação, a nova vida, as noites mal dormidas, a carência afetiva, uma menor atenção à mãe e um menor apoio familiar e social nesse período de adaptação e de grandes exigências e todas as outras modificações, tornam a mulher mais vulnerável a desencadear um transtorno mental.

 

A Depressão Pós-Parto (DPP) é um quadro clínico severo e agudo que requer acompanhamento psicológico e psiquiátrico, pois devido à gravidade dos sintomas, há que se considerar o uso de medicação. Todo ciclo gravídico-puerperal é considerado período de risco para o psiquismo devido à intensidade da experiência vivida pela mulher. Esta experiência pode incidir sobre psiquismos mais ou menos estruturados. Mesmo mulheres com boa organização psíquica podem se ver frente a situações em que a rede social falha.

 

Há fatores de risco que vêm sendo estudados e demonstram uma alta correlação com a DPP. Entre eles temos: mulheres com sintomas depressivos durante ou antes da gestação, com histórico de transtornos afetivos, mulheres que sofrem de TPM, que passaram por problemas de infertilidade, que sofreram dificuldades na gestação, submetidas à cesariana, primigestas, vítimas de carência social, mães solteiras, mulheres que perderam pessoas importantes, que perderam um filho anterior, cujo bebê apresenta anomalias, que vivem em desarmonia conjugal, que se casaram em decorrência da gravidez

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A puérpera se beneficia de grupos terapêuticos onde possa compartilhar o seu sofrimento junto a outras mulheres em igual situação e sob orientação de um profissional. Também pode ser recomendado atendimento psicológico individual em casos cuja gravidade perturbaria o grupo ou que manifestem preferência por esta modalidade de atendimento. O acompanhamento psiquiátrico é indispensável. Aparecem sintomas como irritabilidade, mudanças bruscas de humor, indisposição, doenças psicossomáticas, tristeza profunda, desinteresse pelas atividades do dia-a-dia, sensação de incapacidade de cuidar do bebê e desinteresse por ele, chegando ao extremo de pensamento suicidas e homicidas em relação ao bebê. O diagnóstico precoce é fundamental e para isso é necessário um acompanhamento em todo ciclo gravídico-puerperal, sendo a melhor forma de evitar, atenuar ou reduzir a duração da DPP. Grupos de gestante têm caráter psicoprofilático e, portanto, ajudam no diagnóstico e tratamento precoces.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dicas para evitar a depressão no pôs parto

 

 

FUJA DO PERFECCIONISMO


Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que as gestantes que se idealizam perfeitas como mães têm mais chances de desenvolver depressão do que aquelas que aos poucos vão descobrindo a melhor forma de cuidar e educar os filhos. Se você tem tendência a ser perfeccionista, comece a trabalhar isso já. Uma dica é tentar não julgar tudo o que vê outros pais fazerem e não ficar sempre pensando em como agiria com seus filhos na mesma situação.

 

 CONVERSE COM O FUTURO PAI


Problemas de relacionamento com o companheiro são uma das principais causas de depressão. Se o futuro pai não corresponder com atenção, a gestante pode se sentir incompreendida e deixar de dividir dúvidas e angústias. Se você sente dificuldade para falar, tente introduzir a conversa em momentos que são gostosos para vocês dois, como no jantar ou mesmo tomando banho juntos.

 

 

PRATIQUE EXERCÍCIOS 

 

Durante a atividade, o cérebro libera endorfina, substância aliada à sensação de bem-estar. Por isso é considerada um auxiliar no tratamento da depressão. Salvo os casos em que o médico proibir, a recomendação é praticar um esporte durante a gravidez e no pós-parto. Os melhores para a liberação da endorfina são os do tipo aeróbico, como caminhada e natação.

 

FUJA DE NOVAS COBRANÇAS

 
Todos têm conselhos para a futura mãe e a cobrança pode ser extremamente estressante. Mesmo que sua mãe, a sogra e a cunhada já tenham experiência, você não precisa – nem deve – cumprir tudo o que a família quer. Estabeleça qual vai ser a participação de cada um.

 

CUIDE DA ANSIEDADE 


Será que o quarto vai ficar pronto? Como vou saber que está na hora? Dúvidas, sempre. Um estudo norte-americano publicado no ano passado mostrou que muita ansiedade durante a gestação, principalmente no terceiro trimestre, pode fazer com que os bebês nasçam menores. A primeira alternativa é esclarecer todas as suas dúvidas com o médico. Diminuir seu nível de exigência, fazer as coisas que puder com antecedência e delegar afazeres – que tal uma ajuda com as lembrancinhas? – são bons caminhos também.

 

DESCANSE

 

A privação do songo, em algumas pessoas, pode desestabilizar as emoções. Tanto pelo estresse físico como pelo mental a mãe precisa descansar. Quando o bebê nascer, peça para o pai ou um parente tomar conta dele para que você descanse um pouco em alguns momentos, em especial nos primeiros dias.

 

 

Referências

 

Ionele, DEPRESSÃO PÓS-PARTO, PSICOSE PÓS-PARTO E TRISTEZA MATERNA Artigo publicado na Revista Pediatria Moderna, Julho-Agosto, v. 41, nº 4, 2005.

 

Higuti PCP, Capocci PO. Depressão pós-parto. Rev Enferm UNISA 2003; 4: 46-50. 

 

Fontes: Fátima Ferreira Bortoletti, coordenadora do setor de psicologia obstétrica da Universidade Federal de São Paulo; Joel Rennó Jr., psiquiatra, diretor do programa de saúde mental da mulher do Hospital das Clínicas de São Paulo; Paulo Marinho, coordenador de medicina fetal da Perinatal Laranjeiras (RJ)   –  http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Vida-de-gravida/noticia/2013/09/12-atitudes-para-evitar-depressao-durante-e-depois-da-gravidez.html

 

 

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