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OS PRIMEIROS DIAS DE VIDA: EXAMES NO RECÉM-NASCIDO

 

 

 

TESTE DO PEZINHO: TRIAGEM NEONATAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Basta uma picadinha no calcanhar do bebê para detectar precocemente algumas doenças que podem afetar o seu desenvolvimento. Esse é o Teste do Pezinho, que, por sua importância, teve uma data comemorativa -  6 de junho: Dia Nacional do Teste de Pezinho - instituída pelo Ministério da Saúde.

Trazido ao Brasil pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em 1976, o exame de triagem neonatal é obrigatório e gratuito no país desde 1992. Atualmente, a versão básica do teste, oferecida na rede pública de saúde de todo o país, detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase.
 Na rede privada, a maioria das maternidades oferece o teste ampliado, que na versão conhecida como Mais diagnostica mais quatro doenças, além das mencionadas na versão básica: deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita. Há ainda o teste Super, que é capaz de detectar até 48 patologias.

O Teste do Pezinho deve ser feito após as primeiras 48 horas do bebê e até o 5º dia de vida. Esse período de dois dias antes do exame é essencial para que o funcionamento do organismo do bebê se estabeleça e seja possível detectar as doenças, principalmente a fenilcetonúria, que é diagnosticada após o bebê fazer a digestão do leite materno ou da fórmula infantil. Prematuros devem voltar ao hospital após 30 dias para uma nova etapa de exames

Como é feito o teste:

Uma amostra de sangue do calcanhar do bebê é retirada e enviada para análise. A coleta acontece nessa região devido ao grande fluxo sanguíneo que existe ali. O sangue, então, é colocado num papel tipo mata-borrão e encaminhado ao laboratório. O resultado pode demorar até 30 dias. Confira no hospital como retirá-lo. Caso haja alguma alteração, uma nova coleta deverá ser solicitada para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

 

Doenças diagnosticadas na versão básica do teste:


Fenilcetonúria


Causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina. O acúmulo no organismo pode causar deficiência mental.

 

Hipotireoidismo Congênito


Causada insuficiência do hormônio da tireoide. A falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico

 

Fibrose Cística


Ocorre aumento da viscosidades das secreções, propiciando as infecções respiratórias e gastrointestinais. Ataca pulmões e pâncreas. É incurável.

 

Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias


Alteração da hemoglobina que dificulta a circulação, podendo afetar quase todos os órgãos. Pode causar anemia, atraso no crescimento e dores e infecções generalizadas. É incurável.

 

Hiperplasia adrenal congênita (HAC)


É uma doença genética, em que as duas glândulas suprarrenais - localizadas em cima dos rins, não funcionam corretamente, prejudicando a produção de hormônios essenciais para o corpo, como o cortisol e a aldosterona.

 

Deficiência de Biotinidase


É também uma doença genética, em que o organismo não é capaz de obter a enzima biotinidase, impedindo que os alimentos sejam processados ou metabolizados pelo organismo.

 

 

TESTE DO OLHINHO (reflexo vermelho)


É rápido, simples e indolor. Utiliza-se um aparelho chamado oftalmoscópio para analisar o eixo óptico do recém-nascido. O normal é enxergar um reflexo vermelho, mesmo efeito do flash de uma câmera fotográfica, ao mirar a fonte luminosa na direção dos olhos do bebê. Quando o reflexo é branco, semelhante ao do olho de gato, pode haver alguma obstrução do eixo óptico causada por doenças como catarata, glaucoma e retinoblastoma, tumor maligno que se desenvolve na retina. A recomendação é realizar o teste do olhinho com poucas horas de vida do recém-nascido, ainda na maternidade. Exames complementares devem ser feitos por um oftalmologista para confirmar qualquer suspeita.

 


 TESTE DO CORAÇÃOZINHO (oximetria de pulso)


Deve ser realizado mesmo que o exame clínico não levante suspeitas, pois consegue detectar cardiopatias congênitas graves não identificadas com a ausculta. Um sensor é aplicado na pele do bebê, sem a necessidade de retirada de sangue. Chamado de oxímetro de pulso, o equipamento mede na mão direita e em um dos pés do recém-nascido a saturação de oxigênio, geralmente acima de 94%, que é a capacidade da hemoglobina de carregar oxigênio. O teste do coraçãozinho costuma ser feito depois de 24 horas do nascimento, já que o processo de adaptação à vida fora do útero pode atrapalhar o resultado. É preciso dar tempo para que ocorram as adequações fisiológicas esperadas logo depois do parto.
 

 

 TESTE DA ORELHINHA (emissões otoacústicas evocadas)


Antigamente restrito a grupos de risco, entre eles filhos de pais com deficiência auditiva e de mães que tiveram rubéola congênita durante a gestação, hoje é indicado para todos os recém-nascidos. Uma espécie de fone é colocado no ouvido do neném para avaliar a probabilidade de haver um problema de audição. O resultado varia de acordo com a maneira como o som emitido é captado. O teste da orelhinha pode ser realizado em até 30 dias depois do nascimento, mas a recomendação dos médicos é submeter o quanto antes o recém-nascido ao exame para que uma possível surdez seja detectada precocemente e o tratamento possa ser iniciado com rapidez, melhorando a qualidade de vida da criança.


 

TESTE DA LINGUINHA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Passa a ser obrigatório em hospitais e maternidades.

O exame, simples e rápido, detecta se há uma alteração no frênulo - membrana que liga a língua ao assoalho da boca, popularmente conhecida como “freio”. Se o bebê tiver o problema, pode apresentar dificuldades de sucção e deglutição, que atrapalham a amamentação. A criança até consegue abocanhar o mamilo, mas não tem bom desempenho na mamada. Ela gasta mais energia para sugar o leite e precisa de intervalos constantes, e isso pode levar à dificuldade em ganhar peso. Outra consequência é a língua presa: a criança poderá ter dificuldade na fala e na mastigação – não necessariamente ela terá os dois problemas, pode ser que mame normalmente, mas tenha a fala alterada.

 

 

 

FONTE:    LOPEZ, Fábio Ancona; JR, Dioclécio Campos. Filhos: da Gravidez Aos 2 Anos de Idade: dos Pediatras da Sociedade Brasileira de Pediatria Para os Pais.  Editora Manole, 2009.

 

Sociedade Brasileira de Pediatria: Disponível em: http://www.sbp.com.br 

Acesso em: 15 de Outubro de 2015.

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