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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
A gravidez na adolescência, considerada de alto risco pela complexidade de fatores torna se um problema de saúde pública devido às consequências que impõe à sociedade como um todo.
Em 2011, no Brasil, tivemos 2.913.160 nascimentos; destes, 533.103 de meninas de 15 a 19 anos, e 27.785 de meninas de 10 a 14 anos, representando 18% e 0,9%, respectivamente, de adolescentes grávidas nesta faixa etária. Apesar de os números indicarem uma diminuição de nascidos vivos nessa faixa etária nos últimos 10 anos, as percentagens ainda são extremamente preocupantes, com particular atenção para menores de 15 anos.
Quanto mais jovem, mais tardiamente as adolescentes identificam a gravidez e mais tardiamente procuram os serviços de saúde. O aborto também acontece mais tardiamente, gerando mais riscos e complicações. Em 2011, 15% de todas as mortes maternas foram das adolescentes abaixo dos 19 anos. De todas as mortes relacionadas ao aborto, 17% foram de jovens entre 10 e 19 anos.
Este é um assunto sensível para a sociedade por suscitar aspectos éticos, morais e religiosos. O aborto realizado em condições inseguras é uma importante causa de morte de mulheres no Brasil. Porém, é importante observar que “[...] a decisão pelo aborto surge quando não há apoio familiar ou do parceiro e, muitas querem esconder o fato de seus familiares por medo ou vergonha”.
A gravidez na adolescência é um fenômeno multifatorial; por essa razão, requer atuação integrada. Adiante abordaremos as principais repercussões psicossociais da gravidez na adolescência. Contudo, destacamos outros dados importantes para compreender a complexidade da gravidez nessa faixa etária, principalmente em meninas menores de 15 anos: 1 Os índices de mortalidade infantil têm diminuído no Brasil, mas 20% dessas mortes ainda são de filhos e filhas de mães adolescentes (10 a 14 anos); 1 A Incidência de baixo peso é duas vezes maior entre filhos de mães adolescentes; 1 A mortalidade infantil é diretamente proporcional ao peso ao nascer e ganho de peso do bebê; 1 A mortalidade neonatal é três vezes maior entre os filhos e filhas de mães adolescentes quando comparados aos filhos de mulheres adultas; 1 03 em cada 10 adolescentes ficarão grávidas antes de completar 20 anos;
As meninas mais pobres têm cinco vezes mais possibilidades de engravidar no período da adolescência do que as meninas mais ricas; 1 Dos abortos por razões médicas e legais, 24,85% acontecem na faixa de 20 a 24 anos; 15,4% entre 15 e 19 anos e 1,27% de 10 aos 14 anos.
Já é certo que a gravidez na adolescência aumenta os riscos de mortalidade da adolescente durante a gestação e aumento da mortalidade neonatal e das crianças filhos de adolescentes nos primeiros 2 anos de vida.
http://primeirainfancia.org.br/wp-content/uploads/2015/01/Cartilha-Gravidez-Adol-FINAL-HD.pdf



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